Capoeira é uma arte marcial brasileira filha do encontro das culturas africana, indígena e portuguesa no Brasil em sua era colonial.
Usando dos Quilombos e guetos deste período, como seus centros embrionários onde o negro escravizado, sendo seu maior precursor, a manteve escondida dos olhos da sociedade disfarçada em dança em um simples foguete popular sem muita importância.
A arte negra que por ser impossível de ser aprendida fora do gueto forçou nossos governantes a criminalizá-la com decreto de lei no início do Brasil República.
Homens já no Brasil de Getúlio Vargas fizeram se ver por políticos, pensadores, estudiosos e toda classe social deste país entrando para história da nossa pedagogia, criando o primeiro curso de ginástica realmente nacional nas palavras do próprio Getúlio Vargas.
Homens que levaram de volta a cultura da África em forma de suas apresentações no final da década de 1960, atingindo o auge de serem pintados por Caribé, descritos e estudados por Verge e imortalizados na obra de Jorge Amado!
Capoeira que invadiu as universidades e virou delas professor sem nunca nelas ter estudo. Capoeira que quando seu país não mais quis dar-lhe valor ganhou o mundo e se espalhou por mais de 170 países. Capoeira que quando desacreditada pela mídia renasce como patrimônio imaterial da humanidade.
Salve neste município de Ubatuba nosso maior representante desta arte Jaldo Mota (mestre Jequié), patrimônio imaterial da humanidade pelo IFHAM.
Que não nos falte ideias e atitudes para que este possa receber de nós todos os tributos aos quais sua trajetória pelo universo da nossa arte marcial brasileira se perpetue.
Colaboração de Emanuel Matias Ramos, em homenagem ao Dia da Capoeira
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