Pódio na Espanha (Foto: @WSL / Javier Iguacel)
Dois brasileiros festejaram suas
primeiras vitórias no Circuito Mundial da World Surf League neste
domingo na Europa e na América do Norte. Ambos têm apenas 20 anos de
idade e são do litoral norte paulista.
O ubatubense Weslley Dantas
ganhou o QS 3000 Pull&Bear Pantin Classic Galicia Pro na Espanha e
Renan Pulga Peres, de Maresias, São Sebastião, garantiu o bicampeonato
do Brasil no QS 1000 WRV Outer Bank Pro na Carolina do Norte, Estados
Unidos, onde no ano passado o pernambucano Gabriel Farias também
conseguiu seu primeiro título em etapas do WSL Qualifying Series. Outros
dois brasileiros ficaram nas semifinais, o catarinense Alejo Muniz na
Espanha e o pernambucano Alan Donato, que perdeu para Pulga nos Estados
Unidos.
Por valer mais pontos e contar com
surfistas mais expressivos, como vários ex-tops do World Surf League
Championship Tour (CT), Weslley Dantas conquistou a vitória mais
importante. Ele começa a trilhar o caminho de sucesso dos irmãos, o
ex-top do CT, Wiggolly Dantas, e a bicampeã brasileira Suelen Naraisa.
Weslley se destacou nas ondas da Playa de Pantin, completando os aéreos
mais impressionantes no QS 3000 da Espanha. Foi voando que ele liquidou
seus oponentes no último dia.
“Estou muito feliz com a minha primeira vitória no QS, pois trabalhei bastante para chegar até aqui”, disse Weslley Dantas. “Eu
já tinha conseguido dois terceiros lugares esse ano, em Pipeline
(Havaí) e em El Gringo (Chile), então é ótimo poder sentir agora o gosto
de vencer pela primeira vez. Agora vou para o maior QS da perna
europeia em Ericeira (QS 10000 em Portugal) e espero manter a minha
confiança para fazer outro grande resultado lá também”.
O campeão só não venceu uma bateria no
último dia, mas passou em segundo lugar na que abriu o domingo de ondas
de 4-6 pés em Pantin. Depois, vingou essa derrota para o australiano
Ethan Ewing nas semifinais, com um aéreo espetacular que arrancou a
maior nota do evento, 9,5, para vencer por 11,67 a 6,67 pontos. Nesta
hora, o mar já estava difícil, pois o swell chegou bombando ondas
pesadas no domingo e a maioria fechava rapidamente. A segunda semifinal
também teve poucas ondas surfadas e o costa-ricense Carlos Munoz impediu
uma decisão brasileira, barrando o catarinense Alejo Muniz por 9,10 a
5,40 pontos.
MELHOR BATERIA –
Antes das semifinais, as condições estavam bem melhores e uma bateria
100% brasileira foi a melhor do último dia. Nela estava Weslley Dantas e
ele e o carioca Lucas Silveira fizeram um duelo em alto nível nas
quartas de final. Ambos tiraram notas no critério excelente dos juízes e
o resultado terminou empatado em 15,50 pontos. Para definir o vencedor,
foi computada só a maior nota de cada um e Weslley levou a melhor por
ter 8,50 contra 8,33 do Lucas.
A grande final foi mais uma bateria
fraca de ondas, mas Weslley ficou mais ativo dentro d´água, indo em mais
ondas para buscar sua primeira vitória na carreira. Ele largou na
frente com nota 4,67, depois acertou um aéreo nas esquerdas para
conquistar seu primeiro troféu de campeão em etapas do WSL Qualifying
Series por 9,54 a 4,10 pontos de Carlos Munoz. Com os 3.000 pontos da
vitória, Weslley subiu da 64.a para a 29.a posição no ranking e os
resultados do fim de semana não provocaram nenhuma mudança de nomes na
lista dos dez surfistas que se classificam para a elite do CT, pelo
ranking do QS.
BRASIL NO G-10 –
Quem estava mais perto de ingressar na zona de classificação era o
atual campeão sul-americano da WSL South America, Thiago Camarão, mas o
paulista perdeu na primeira bateria do dia, para o australiano Ethan
Ewing e Weslley Dantas. O catarinense Mateus Herdy e o peruano Alonso
Correa também ficaram nesta rodada classificatória para as quartas de
final, que abriu o domingo do QS 3000 Pull&Bear Pantin Classic
Galicia Pro.
Com a derrota, Thiago Camarão ficou na
porta de entrada do G-10, em 14.o lugar no ranking que está garantindo
até o 13.o colocado, Reef Heazlewood, da Austrália. Isto porque três
surfistas acima dele, estão entre os 22 primeiros no ranking do CT que
são mantidos na elite para o ano que vem e dispensam as vagas do QS. A
única mudança na lista foi Alejo Muniz, que subiu da sétima para a sexta
posição, com o Brasil mantendo o paranaense Peterson Crisanto em
segundo lugar, o potiguar Jadson André em quinto e o paulista Deivid
Silva em 11.o, mas dentro do G-10.
BICAMPEONATO NOS EUA –
Do outro lado do Oceano
Atlântico, a bandeira brasileira subiu no alto
pódio pelo segundo ano consecutivo no QS 1000 WRV Outer Bank dos Estados
Unidos. Assim como Weslley Dantas na Espanha, o também paulista Renan
Pulga Peres entrou no mar quatro vezes para competir no domingo em
Jennette´s Pier, na Carolina do Norte. A diferença é que ele ganhou e
bem todas as quatro baterias. Em duas delas, com outro brasileiro dentro
d´agua.
Na que abriu o domingo, valendo as duas
primeiras vagas para as quartas de final, Fernando Junior ficou em
último e Kevin Schulz passou em segundo junto com ele. Depois, Pulga
despachou outro norte-americano, Cam Richards, antes do duelo
verde-amarelo com Alan Donato nas semifinais. Nos confrontos homem a
homem, Renan Peres sempre conseguiu pegar boas ondas para superar a casa
dos 15 pontos nas duas notas computadas. Contra o pernambucano, fez seu
maior placar no último dia, 15,73 a 13,84 pontos.
Na decisão do título, Pulga também
mostrou uma boa escolha de ondas e não deu qualquer chance para o
floridiano Chauncey Robinson. Ele já começou bem com nota 7,17, contra
5,17 do adversário. Depois, massacrou outra boa onda para ganhar 8,50
dos juízes que garantiu o bicampeonato do Brasil no QS 1000 WRV Outer
Bank Pro, com Renan Peres repetindo o feito do pernambucano Gabriel
Farias no ano passado na Carolina do Norte. A vitória por 15,67 a 11,57
pontos o levou da 173.a para a 119.a posição no ranking do WSL
Qualifying Series.
“Isso é um sonho se tornando realidade e esse é o melhor dia da minha vida. Nem consigo acreditar que consegui a vitória”, disse Renan Peres. “As
ondas estavam muito boas e conseguir essas pontuações nas baterias foi
aumentando minha confiança. Agora vou para as Filipinas buscar outro bom
resultado lá e quero agradecer a Deus, minha família e a todos que me
apoiaram. O ano está sendo difícil pra mim, depois que perdi meu
patrocinador. Mas, muitas pessoas me ajudaram, meus amigos foram
incríveis e esta vitória é para todos eles”.
BICAMPEÃ NA ESPANHA –
Também no domingo, foi encerrada na Espanha a penúltima etapa com
status máximo de 6.000 pontos do WSL Qualifying Series feminino,
portanto decisiva na briga pelas seis vagas para o CT do ano que vem. A
brasileira Silvana Lima era a única sul-americana no último dia e foi
barrada nas quartas de final. Apesar da derrota, a cearense subiu da
sexta para a quarta posição no ranking e segue garantindo sua
permanência na elite pelo G-6. Com a vitória sobre Silvana, a
neozelandesa Paige Hareb entrou na zona de classificação, tirando da
lista a australiana Philippa Anderson.
Paige depois foi eliminada nas
semifinais pela havaiana Coco Ho, que conquistou o bicampeonato
consecutivo no QS 6000 Pull&Bear Pantin Classic Galicia Pro. A
decisão do título foi contra a norte-americana Sage Erickson, que já
tinha vencido esta etapa duas vezes. Coco Ho permanece em segundo lugar
no ranking liderado pela norte-americana Caroline Marks, mas já atingiu
suficientes 18.650 pontos para confirmar seu nome no CT do ano que vem.
“Isso significa que vou poder
relaxar um pouco então e focar mais na piscina de ondas (próxima etapa
do CT nessa semana no Surf Ranch), em Hossegor (França) e Honolua Bay
(Havaí). Que bom”, disse Coco Ho, referindo-se as próximas etapas do CT. “Estou
muito feliz porque as ondas estavam bem melhores hoje (domingo). Eu vim
aqui pela primeira vez 4 anos atrás e não sabia nada sobre Pantin. Fui
conhecendo melhor ao longo do tempo e ganhar aqui no ano passado foi
muito especial. Eu realmente admiro o quão bonito é esse lugar, então
esta segunda vitória foi ainda mais especial e não vejo a hora de voltar
para cá no ano que vem”.
Mais informações, notícias, fotos,
vídeos e todos os resultados do Pull&Bear Pantin Classic Galicia Pro
na Espanha e do WRV Outer Bank Pro nos EUA, nas páginas dos eventos
acessando pelo calendário do WSL Qualifying Series no www.worldsurfleague.com
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE –
A World Surf League (WSL) tem como objetivo celebrar o melhor surfe do
mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de
audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na
Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na
Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e
Japão.
A WSL vem realizando os melhores
campeonatos do mundo desde 1976, realizando mais de 180 eventos globais
que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship
Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e
Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção
para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e
desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as
divisões do Circuito Mundial.
Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e
pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs
apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as
apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John
Florence, Paige Alms, Kai Lenny, Taylor Jensen, Honolua Blomfield, Mick
Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina,
Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais
imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.
Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com.—————————————————————-
Por: Surf Today / fonte: João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
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