Paulista de Ubatuba reage no fim, mas Michel Bourez usa a prioridade e freia o último
remanescente do Brasil na etapa do Havaí. Alex Ribeiro perdeu na rodada anterior
Defensor do título da etapa e campeão mundial no ano passado, Adriano de Souza foi eliminado na terceira fase, ao lado de Gabriel Medina, duas vezes seguidas vice-campeão em Pipeline, Wiggolly Dantas, Italo Ferreira e Miguel Pupo. Jadson André e Caio Ibelli foram eliminados precocemente na segunda fase, contudo, estão garantidos na elite no ano que vem.
remanescente do Brasil na etapa do Havaí. Alex Ribeiro perdeu na rodada anterior
Filipe Toledo ganhou um único 10 perfeito do Pipeline Masters de 2016, porém, caiu diante de Michel Bourez (Foto: Twitter/WSL)
Único remanescente do Brasil no Pipe Masters em memória a Andy Irons, Filipe Toledo lutou até o fim na repescagem, tirou uma nota 10 unânime - todos os juízes concordaram - em um tubaço de Backdoor, mas não resistiu ao taitiano Michel Bourez. A eliminação foi amarga na quinta fase da 11ª etapa do Circuito Mundial, no Havaí, principalmente, pela perigosa reação de Filipinho no North Shore da ilha de Oahu.
O rival também teve mérito na vitória com fim dramático e fez valer a prioridade para barrar o paulista de Ubatuba, avançando às quartas de final do mais cobiçado evento do "Circuito dos Sonhos". A etapa de Pipeline marca o encerramento da temporada e é a última de três paradas da Tríplice Coroa Havaiana, depois de Haleiwa e Sunset Beach.
- Eu tenho trabalhado duro. Não tive os resultados que eu esperava em Fiji e no Taiti. Eu estava muito focado em Pipeline em pegar bons tubos. O Michel foi bem. Consegui aquele 10, consegui o mais difícil, e fiquei tentando encontrar outra onda boa. O ano de 2016 foi difícil, passei por uma lesão... Queria agradecer ao apoio de todos. No próximo ano, sem lesões, com muito treino. Espero voltar ainda mais forte para brigar pelo título mundial - contou Filipe Toledo.
Na primeira bateria desta segunda-feira, Alex Ribeiro foi eliminado pelo sul-africano Jordy Smith em sua última bateria pela elite do surfe. O paulista da Praia Grande fechou o ano em 34º do ranking e terá de correr as etapas da Divisão de Acesso (QS) para voltar ao seleto grupo dos 34 melhores do mundo. Na batalha pelas últimas vagas no G-22 , a derrota de Miguel Pupo para o australiano Joel Parkinson, no domingo, acabou garantindo Wiggolly Dantas no CT de 2017, que tinha perdido para Filipe Toledo na única classificação brasileira para a quarta fase. Pupo, que ocupa a 21ª posição no ranking que mantém apenas os top 22, tem a sua permanência ameaçada pelos americanos Nat Young e Kanoa Igarashi e o francês Jeremy Flores.
Depois de anos de luta em busca de um lugar ao sol na nata do esporte, Caio Ibelli fechou o ano como "rookie of the year", o melhor estreante de 2016. O prêmio, que foi do potiguar Italo Ferreira em 2015, foi confirmado com a derrota de Conner Coffin para Kelly Slarer na terceira fase. Conner era o último concorrente do brasileiro com chances de superá-lo no North Shore.
+ Pipeline: do sonho ao pesado - histórias e curiosidades da meca do surfe
+ Quem é o maior campeão? Quem foi agredido? Sabe tudo sobre Pipe? Faça o teste!
Filipe Toledo e Michel Bourez tem batalha emocionante
Ao longo do dia, as condições foram melhorando na meca do esporte. O mar estava mais propício para as direitas de Backdoor, que tornou-se o palco para o espetáculo dos tops da elite. A disputa mata-mata contra Michel Bourez foi marcada pelo equilíbrio, ficando claro que a bateria seria definida no detalhe. O taitiano se impôs no início e assumiu a liderança, com 6.33 e 7.23. Filipe Toledo investiu em uma boa direita, se entocou no tubo e ainda decolou em um aéreo, mas falhou na aterrissagem e levou 5.50. O paulista de Ubatuba, radicado em San Clemente, não desistiu e encontrou outros canudos, que se fecharam rapidamente. Filipinho percebeu outra chance, mas a prioridade era do taitiano, que se manteve firme. Uma série de ondas pesadas para Backdoor apareceu no horizonte e os dois surfistas aproveitaram.
Filipinho entrou primeiro, desapareceu em um tubo memorável e saiu com estilo para ganhar o primeiro e único 10 perfeito da competição. Michel Bourez veio logo atrás e respondeu com outro belo tubo, nota 9.57, se mantendo na frente: 16.80 a 15.50. O brasileiro passou a lutar por ao menos um 6.80 nos instantes finais. Ele procurou uma boa posição no line-up, mas foi marcado de perto pelo adversário, uma sombra até o estouro do cronômetro. No fim, Filipinho emplacou um 3.27, contudo, nada que mudasse o panorama da disputa. O filho do ex-surfista Ricardinho Toledo foi o melhor brasileiro nas águas do Havaí, se despedindo em nono lugar.
1:
Jeremy Flores (FRA) 10.16 x
Filipe Toledo (BRA) 5.00x
Kolohe Andino (EUA) 13.66
2:
Joel Parkinson (AUS) 8.83 x
Michel Bourez (TAH) 9.17 x
John John Florence (HAV) 11.00
3:
Ryan Callinan (AUS) 2.77 x
Josh Kerr (AUS) 9.24 x
Nat Young (EUA) 1.57
4:
Kanoa Igarashi (EUA) 12.00 x
Kelly Slater (EUA) 2.24 x Jordy Smith (AFS) 11.34
1:
Jeremy Flores (FRA) 15.17 x
Joel Parkinson (AUS) 4.53
2:
Michel Bourez (TAH) 16.80 x
Filipe Toledo (BRA) 15.50
3:
Ryan Callinan (AUS) 10.17 x
Kelly Slater (EUA) 14.34
4:
Jordy Smith (AFS) 18.10 x
Nat Young (EUA) 16.17
1: Kolohe Andino (EUA) x
Jeremy Flores (FRA)
2:
John John Florence (HAV) x
Michel Bourez (TAH)
3:
Josh Kerr (AUS) x
Kelly Slater (EUA)
4:
Kanoa Igarashi (EUA) x Jordy Smith (AFS)
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/12/filipinho-luta-tira-nota-10-em-tubaco-na-5-fase-mas-e-eliminado-em-pipeline.html
Depois de anos de luta em busca de um lugar ao sol na nata do esporte, Caio Ibelli fechou o ano como "rookie of the year", o melhor estreante de 2016. O prêmio, que foi do potiguar Italo Ferreira em 2015, foi confirmado com a derrota de Conner Coffin para Kelly Slarer na terceira fase. Conner era o último concorrente do brasileiro com chances de superá-lo no North Shore.
+ Pipeline: do sonho ao pesado - histórias e curiosidades da meca do surfe
+ Quem é o maior campeão? Quem foi agredido? Sabe tudo sobre Pipe? Faça o teste!
Filipe Toledo e Michel Bourez tem batalha emocionante
Ao longo do dia, as condições foram melhorando na meca do esporte. O mar estava mais propício para as direitas de Backdoor, que tornou-se o palco para o espetáculo dos tops da elite. A disputa mata-mata contra Michel Bourez foi marcada pelo equilíbrio, ficando claro que a bateria seria definida no detalhe. O taitiano se impôs no início e assumiu a liderança, com 6.33 e 7.23. Filipe Toledo investiu em uma boa direita, se entocou no tubo e ainda decolou em um aéreo, mas falhou na aterrissagem e levou 5.50. O paulista de Ubatuba, radicado em San Clemente, não desistiu e encontrou outros canudos, que se fecharam rapidamente. Filipinho percebeu outra chance, mas a prioridade era do taitiano, que se manteve firme. Uma série de ondas pesadas para Backdoor apareceu no horizonte e os dois surfistas aproveitaram.
Filipinho entrou primeiro, desapareceu em um tubo memorável e saiu com estilo para ganhar o primeiro e único 10 perfeito da competição. Michel Bourez veio logo atrás e respondeu com outro belo tubo, nota 9.57, se mantendo na frente: 16.80 a 15.50. O brasileiro passou a lutar por ao menos um 6.80 nos instantes finais. Ele procurou uma boa posição no line-up, mas foi marcado de perto pelo adversário, uma sombra até o estouro do cronômetro. No fim, Filipinho emplacou um 3.27, contudo, nada que mudasse o panorama da disputa. O filho do ex-surfista Ricardinho Toledo foi o melhor brasileiro nas águas do Havaí, se despedindo em nono lugar.
01
baterias da quarta fase
2:
3:
4:
01
baterias da quinta fase (repescagem)
2:
3:
4:
01
quartas de final
2:
3:
4:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/mundial-de-surfe/noticia/2016/12/filipinho-luta-tira-nota-10-em-tubaco-na-5-fase-mas-e-eliminado-em-pipeline.html
Comentários
Postar um comentário