Wiggolly Dantas embarca confiante para as etapas de França e Portugal na Liga Mundial de Surfe. Na 18ª colocação com 20.650 pontos, o surfista de Ubatuba, no litoral norte paulista, começou bem a temporada 2016 (foi até as quartas nas etapas de Bells Beach, na Austrália, e em Fiji), mas acabou machucando o tornozelo e caiu um pouco. Recuperado e 100% fisicamente, acredita que tem tudo para embalar nas etapas finais do circuito e atingir uma meta ambiciosa: ficar entre os cinco primeiros da elite.
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Apaixonado em por ondas grandes, Guigui estreia em Hossegor, na França (etapa será entre os dias 4 a 15 de outubro) em uma bateria com dois brasileiros: Ítalo Ferreira e Alex Ribeiro. Se conseguir ir bem em águas francesas, poderá ficar perto de superar o resultado que conseguir em sua temporada de estreia na Liga Mundial, quando ficou em 15º lugar. Depois das etapas europeias, o campeonato termina em Pipeline, no Havaí.
– Era o novato (em 2015) e em vários lugares eu já tinha competido, mas tinha a pressão de ser o primeiro campeonato. Agora estou mais tranquilo, pois já sei o que preciso fazer nas etapas e já não sou mais novato e já dá para surfar de igual para igual, sem aquela pressão que tinha ano passado – declarou.
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Apoio a Medina
A última etapa da Liga Mundial, em Trestles, nos Estados Unidos, foi marcada por uma polêmica na nota dada a Gabriel Medina, na terceira fase da competição contra o americano Tanner Gudauskas. Precisando de 8.34 para avançar, acertou uma sequência de sete boas manobras em uma onda, arrancando aplausos de competidores e torcedores. Mas, para a surpresa do brasileiro, recebeu uma nota inferior do esperado, o que o tirou da briga pela liderança do circuito. A controvérsia repercutiu entre os surfistas da elite. Amigo de Gabriel, Dantas disse que o surfista de Maresias ficou muito abalado.
Mesmo assim, Medina segue na briga pelo título. Na vice-liderança, está a 4.200 pontos do líder, o havaiano John John Florence. Wiggolly vê o amigo forte na disputa pelo bicampeonato mundial e nega que os brasileiros estão sendo prejudicados pelos juízes.
– Ele está bem focado, vai para a França, estive com ele na última semana. E disse para ele que agora é uma questão de honra você ir lá e ser campeão de novo e mostrar para eles que não errado naquela bateria. Acho difícil dizer que estamos sendo prejudicados. Isso acontece – disse Dantas.
Apenas um mês em casa
– Aqui em Ubatuba é a onde reponho minhas energias, onde tudo começou para mim, um lugar especial para minha vida, onde moro, tenho minha casa. Sou privilegiado de morar em Itamambuca, que é uma praia maravilhosa. Foi o lugar onde aprendi a surfar, onde tudo começou. Onde competi no primeiro evento. Ubatuba é um lugar muito especial e sempre quando dá sempre venho para cá ficar com a família e os amigos – disse.
Além do irmão que é o seu treinador, os outros dois irmãos de Wiggolly também são sufistas: Suelen Naraísa, que é bicampeã brasileira de surfe e é professora em uma escolinha em Ubatuba. E Weslley Dantas, campeão mundial sub-18 e que lidera o ranking Sul-Americano do Mundial Júnior. E não é fácil lidar com tanta cobrança assim dentro de casa...
– É um pouco difícil, né. Sempre quando perdemos, cometemos algum erro, eles ligam e todo mundo cobra. É pai, mãe, irmã. Falando “deu mole nisso, naquilo”, à vezes perco em uma bateria que dou mole e nem olho o telefone, porque sei que vem bucha – contou.
* Felipe Kyoshy colaborou
FONTE GLOBO ESPORTE
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